Parece que me estou a libertar de ti, não sei. Parece que lentamente estás a sair da minha vida, mas não sei. Parece que finalmente estás a deixar os meus pensamentos, mas nem sei. Parece que já não ocupas todo o meu coração, mas eu não sei. Mas eu quero. Eu quero saber. Quero saber com o que contar daqui para a frente. Vais estar comigo ou vais deixar-me definitivamente? Vais finalmente agarrar-me a mão ou sacudir-me como fazes sempre? Vais lutar ou vais assistir enquanto afundamos?

Quando tomares uma decisão, diz-ma. Quero saber com o que contar, pois eu ao fim deste tempo todo de luta baixei os braços e não sei se os consigo voltar a levantar.

Pesas demasiado no meu coração. E eu já nem peço para que peses menos aqui, parece que isso sempre foi pedir-te mais do que querias dar. Eu peço que saias, tu, toda, daqui. É pedir assim tanto?

Desculpa-me por não ser forte como tu, está bem? Pois tu conseguiste expulsar-me do teu coração, a long time ago, sem quês nem porquês. Afinal para ti fui apenas uma «desilusão descomunal», que, - num aparte -, nada fez para receber esse rótulo. Mas eu nunca tive a força nem a coragem necessárias para fazer o mesmo contigo. Então, podes ser tu a obrigar-te a sair daqui, por favor? E nem te atrevas a fingir que isso te afecta, sabes que odeio mentiras e falsidades acima de tudo.

A minha amizade por ti está a levar-me cada vez mais ao fundo. Mas eu desta vez não vou afogar-me, isso te garanto.