(old) you.

Deixei de conseguir escrever para ti dizendo-te tudo o que me vai cá dentro. Como se com aquelas palavras me tivesses arrancado a minha capacidade de escrever sobre ti, como se tivesses sugado toda a inspiração que corria nas minhas veias.

Já não sei por onde andas, já me esqueci dos teus gostos, já desapareceu o teu cheiro e a sensação do teu abraço. Já não sei de ti mas continuas a virar-me os sentidos ao contrário e a roubar-me o sono.

Eu sei que te parece absurdo escrever-te estas coisas quando falamos todos os dias, durante praticamente o dia todo, até a mim me parece. Mas tu não és a pessoa que eu conheci, não és a pessoa que me cativou logo no primeiro olhar. E eu tenho tantas saudades do que eras, do que éramos.

Mas já me convenci que não voltas, enterraste o teu 'eu' que eu conheci tão profundamente que mesmo que o quisesses de volta não irias conseguir. Sim, eu sei que te perdi de tal maneira que nunca te terei como quero novamente, mas achas que é por isso que (te) esqueço? Ou que passa a doer menos? Enganas-te. Custa. E muito. Demasiado até. Mas não vai ser isso a tirar-me o sorriso que tanto tempo e tanto trabalho me deu a construir.

Fazes-me falta como nunca ninguém me fez, mas foi uma escolha tua, e eu não sou egoísta a esse ponto, sinceramente eu só quero que sejas feliz.

Vou estar sempre ao teu lado para tudo o que precisares, mesmo que escolhas outro caminho que não o meu – o nosso. Eu não me esqueço das promessas que faço. Nunca duvides que te amo.